Você já parou para pensar o quanto o “dom” das pessoas interferem nas ações do dia-a-dia? É comum usarmos este termo como desculpa para não atingirmos alguns patamares, além de simplesmente ignorarmos a dedicação que as pessoas com “dom” tiveram.
O dom é tratado como alguma habilidade inata do ser humano, assim sendo, quando dizemos que uma pessoa possui algum “dom”, dizemos que esta pessoa já nasceu boa (ou, no mínimo, com facilidade) em alguma atividade; partindo deste pressuposto, de que seria útil uma pessoa comum se dedicar horas treinando para um esporte, por exemplo, caso ela não possua este “benefício natural”?
A acomodação deste termo está muito linkado com o midnset fixo, que é o pensamento que nascemos “bons” e “ruins” em algumas tarefas e que não podemos mudar isso. Basicamente, dizer que alguém não possui uma habilidade inata em matemática é só uma maneira mais cômoda de ela aceitar que não adianta ela estudar para esta disciplina, pois ela nunca terá a mesma capacidade de uma pessoa que nasceu com este benefício.
Um exemplo claro de oposição a este pensamento é o ciclista campeão mundial, Henrique Avancini, que em todas suas entrevistas se caracteriza como um cidadão comum, que com muito treino, chegou ao incrível patamar de 2º melhor ciclista de mountain bike do mundo. Se ele conseguiu, se opondo ao mindset fixo e à acomodação de não ter um “dom” em mountain bike, por que nós não podemos?
É claro que algumas pessoas nascem com certos benefícios naturais, como por exemplo a altura, para um jogador de vôlei ou basquete; mas a acomodação de estabelecermos um mindset fixo em nosso dia-a-dia nos impedem de atingirmos nossos objetivos pessoais. Talvez você seja uma pessoa introvertida, e é exatamente por este motivo que você deve treinar oratória, para desenvolver suas habilidades e não depender de sua maneira “natural de ser”.
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Fontes:
Fora de Série “Outliers” – Malcom Gladwell
Mindset – Carol S. Dweck