Antes mesmo da criação de qualquer tipo de linguagem verbal, o uso da movimentação corporal sempre foi um método de comunicação entre pessoas e até mesmo animais. Hominídeos, além de seu discurso rudimentar, utilizavam da gesticulação e mímica para que houvesse comunicação. Desde o posicionamento dos braços e pernas até a velocidade de deslocamento e movimentação dos olhos, entende-se muito sobre alguém baseado em seu corpo. No entanto, em tempos como os de hoje em que a globalização e a dispersão do conhecimento permitem um melhor entendimento entre os participantes de uma conversa, como a interpretação de movimentos auxilia na comunicação?
Dentro da esfera empresarial a interpretação de movimentos sutis é imprescindível para que se observe e preveja a vontade de um novo cliente durante uma negociação, por exemplo:
Postura ereta e braços aberto indicam abertura à nova ideias;
Braços cruzados simboliza negação às ideias apresentadas;
Aperto de mão forte, assim como olhar acima da linha do horizonte indicam confiança;
Costume de manter a mão perto da boca (que indica êxito em expressar opinião) e olhar abaixo da linha do horizonte são sinais de falta de segurança.
Tratando-se dos olhos, como entregam nossos pensamentos? O segredo dos olhos é sua capacidade de dizer se o que se fala é mentira ou verdade devido à divisão do cérebro humano em lóbulos:
O acesso à região que incentiva a criatividade, localizada do lado direito do órgão, induz o deslocamento da pupila e íris ao extremo direito da cavidade ocular, indicando uma história inventada;
O deslocamento para o canto esquerdo do olho indica acesso à área do cérebro responsável pelas memórias e logo entende-se que o que se diz é verdade.
Sinais como esses, involuntários e imperceptíveis pelo sinalizador, quando utilizados a seu favor, possibilitam para o receptor uma vantagem na conversa, incentivando a persuasão ou possibilitando a finalização da conversa. Além disso, é possível utilizar conscientemente dessa linguagem para que o receptor a interprete de maneira inconsciente:
Uma maneira sutil de induzir o cérebro do receptor a finalizar um raciocínio é posicionar uma barreira física entre os participantes. O cérebro humano interpreta essa barreira como motivo para encerrar a comunicação;
Em uma situação de pressa, uma maneira de induzir o fim da conversa é posicionar-se perto ou em direção a uma saída.
Possuir conhecimento da linguagem corporal aplicada à estratégia empresarial é uma habilidade que agrega muito valor a diversos processos dentro do universo de contratação e negociação. A leitura do movimento corporal e a interpretação da comunicação não verbal são métodos facilmente aplicáveis e que promovem resultados rápidos, eficientes e acima de tudo confiáveis, principalmente quando as linguagens verbal e corporal não coincidem. Em situações como essa, a credibilidade de um sinal entregue inconscientemente é significantemente maior que a de uma fala pensada.
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