Estimativa PERT
Autores: Maria Júlia Soares e João Botaro
Com a alta variação de áreas de atuação no mercado, aquele que realiza o trabalho em um menor período de tempo, respeitando o tempo estipulado, é aquele que conquistará o cliente. Devido a essa volatilidade elaborar cronogramas precisos e concisos vem se tornando uma tarefa cada vez mais complexa que traz consigo uma grande responsabilidade por parte do encarregado do projeto e sua equipe.
Ao garantir que o projeto possua um cronograma bem definido é possível prevenir possíveis falhas no decorrer das etapas, reduzindo custos e otimizando recursos, sendo assim é possível identificar as incertezas do projeto.
Para solucionar esse problema, a estimativa PERT (Program Evaluation and Review Technique - Avaliação do Programa e Técnica de Revisão), criada em 1958 nos Estados Unidos pela NASA, é uma maneira estatística de se estimar o tempo de duração de um projeto no qual se teve pouco contato na empresa, ou até mesmo fora do portfólio, essa metodologia atua como base para a estruturação da carga horária de cada etapa do projeto, por meio de estatística básica, que normalmente atua junto a CPM (Critical Path Method - Método do Caminho Crítico).
O PERT é importante pois o cronograma é uma maneira do cliente se guiar no andamento do projeto, para que seja realizado com precisão, evitando manchar a imagem da empresa.
Caso não tenha ideia do tempo que o projeto irá demorar, ou quanto cada etapa vai exigir, com a estimativa PERT, define-se então uma estimativa otimista (O), uma pessimista (P) e uma mais provável (MP) para a duração das atividades. A combinação dessas três possibilidades é o grande diferencial do método PERT, pois ele pondera as incertezas e riscos envolvidos na atividade.
Como funciona?
Ao considerar as três possibilidades, a estimativa PERT pondera os riscos e incertezas de maneira que as estimativas otimistas e pessimistas se tornem quase improváveis de acontecer, mas influentes nos resultados finais.
Para isso vamos considerar:
Otimista: Cenário perfeito;
Pessimista: Pior cenário possível;
Mais Provável: Cenário cotidiano, com dificuldades e facilidades alternantes.
Para iniciar os cálculos, utiliza-se da fórmula PERT, que aplica um peso maior na estimativa mais provável, respeitando a curva normal de Gauss.
Após ter a estimativa em mãos, é necessário saber a margem na qual ela poderá variar, de maneira otimista (para menos) ou pessimista (para mais). Para fazer isso calculamos o desvio padrão da etapa, dado pela seguinte fórmula:
É válido lembrar que quanto maior o desvio padrão, mais incerta é a sua estimativa para a etapa ou projeto em que se está aplicando, ou seja, há uma maior variância.
Caso queira calcular o desvio padrão do projeto, é necessário encontrar a variância de cada etapa, somar e então encontrar o desvio padrão total do projeto.
Como por exemplo:
Imagine-se gestor de um projeto de website onde a EAP (Estrutura Analítica do Projeto) estruturada foi a seguinte:
Colocar site no ar;
Montar Página home;
Montar Página contato.
As estimativas de horas mais prováveis, otimistas e pessimistas para cada etapa foram as seguintes:
MP:4 / O:3 / P:5,5 (horas)
MP:10 / O:8 / P:13 (horas)
MP:6,5 / O:4,5 / P:8 (horas)
Assim a estimativa para cada etapa ficará:
PERT = 4,08;
PERT = 10,17;
PERT = 6,42;
E então os respectivos desvios padrões para cada etapa serão:
Desv.Pad = 0,42;
Desv.Pad = 0,83;
Desv.Pad = 0,58;
Já o desvio padrão do projeto como um todo será:
( (0,42²) + (0,83²) + (0,58²) )^½ = (1,202)^½ = 1,096
Portanto o projeto inteiro poderá variar 1,096 horas. Desta forma, com a duração de cada etapa estipulada é possível planejar e desenvolver um cronograma completo e preciso. Aumentando assim a assertividade e eficácia do projeto, o que traz melhores resultados e incontáveis benefícios para seu cliente e para seu negócio.
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